Eu nasci em um ambiente de empreendedores, todos na minha família tinham um negócio, minha avó era empreendedora, meu pai, antes de falecer, era fazendeiro, minha mãe dona de restaurante, meu padrasto era dono de uma empresa de toldo, minhas tias donas de restaurante. 

Comecei a trabalhar bem novo, desde a infância, ajudava minha família na lanchonete que tinham. Minha família é toda empreendedora e tínhamos muita dificuldade por não ter tanto recurso como muitas outras famílias. Desde pequeno eu já tinha essa veia empreendedora, eu costumava pegar acerolas, de um pé que tinha no quintal de casa, para vender para as pessoas.

Do que vale meu conhecimento minha educação, se não ajudo pessoas que não possuem o mesmo conhecimento que adquiri? Eu quero deixar um legado, tenho que fazer a diferença, porque meu mentor, Chuck, um dia disse que eu iria encontrar pessoas que começaram como eu e minha forma de continuar esse legado veio dessa ideia de continuar a corrente, de fazer diferença na vida das pessoas a fazer elas crescerem em um país diferente do seu de origem.

Chuck Joyce foi meu mentor e foi ele quem me incentivou a estudar e trabalhar na indústria financeira, ele era como um pai que não tive na minha vida, ele me incentivou,me ajudou, e financiou. Um dia, perguntei: “Como vou pagar por tudo que fez por mim?” e ele me respondeu: “Tiago, um dia você irá encontrar outros “Tiagos” lá na frente e você vai ajudá-los e é assim que você me paga”. Só que agora irei pagar com juros altíssimos, pois vou ajudar milhares de pessoas.

Sem dúvida faria muitas decisões diferentes, e é por isso que quero dividir meu conhecimento com os empreendedores iniciantes, eu sempre falo “É mais barato aprender com erro dos outros do que o nosso.” Então se tivesse a sabedoria que tenho hoje eu poderia estar melhor, mas se não tivesse cometido esses erros não teria o conhecimento que tenho hoje.

Esse projeto vem da necessidade de definir o que é riqueza para o imigrante, não só financeiramente, mas tudo que pode fazer para melhorar sua qualidade de vida e das pessoas que se importa e ama. Riqueza é ter uma casa boa para sua família e para a sua mãe, um bom carro e dar uma educação melhor para seus filhos. Riqueza é dormir e acordar no outro dia e falar “Uau, estou deixando um legado.” Não é simplesmente acumular dinheiro na conta.

Podemos falar também de pessoas que acumularam dinheiro na conta e não deixaram nenhum legado, porque uma coisa é independente da outra, mas precisa de tanto dinheiro sem saber o limite para ser rico? Não! Conheço muitas pessoas que são ricas, não financeiramente mas pessoalmente.

O primeiro passo é abandonar a síndrome de inferioridade, muitas vezes nos desculpamos muito e esquecemos das nossas habilidades,das nossas forças, da nossa capacidade intelectual e do que realmente conseguimos fazer e entregar no mercado. É claro que é importante termos consciência dos nossos erros e defeitos, mas temos o costume de focar em nossas fraquezas, no lugar de valorizar o nosso melhor. Toda a experiência adquirida em outros países pode ser adaptada para os EUA, por isso se for latino na terra do Tio Sam e pensar em empreender, vou trazer ferramentas e recursos para que consiga adaptar para seu dia a dia e para o seu negócio.

A regra Nª 1 para mim, é que você tem que saber o que você não sabe, porque meia informação é pior do que nenhuma. A gente se machuca com o que não sabe. Muitos acreditam que meia informação é suficiente para tomar decisões, e por experiência própria, isso não adianta. Se você não tem conhecimento, onde pode conseguir? Contrate um consultor, um mentor, encontre um sócio, leia muito, faça cursos, esteja sempre em busca do que fazer para conseguir o conhecimento que falta.

Sintetizando o pensamento em uma frase, a regra Nº 1 é: Seja intelectualmente honesto e saiba o que você não sabe.